segunda-feira, 6 de julho de 2015

“assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros." 
Romanos 12:5


Eu sempre admirei a vida de um ermitão. Ele não tem que se preocupar com a conta bancária; não tem família pra cobrar seus papéis sociais; está sempre em contato com a natureza; está distante dos refrigerantes e afins. Parece uma vida saudável, boa e tranqüila.
Eu com certeza entraria na fila dos candidatos a ermitão, se não fosse um pequeno detalhe: Deus não fez o homem para viver sozinho. E eu não estou falando somente da esposa ou do marido. Eu falo de toda a sociedade. Nós precisamos das outras pessoas para crescer e amadurecer. Nós precisamos dos dons e talentos das outras pessoas para suprir aqueles dons que nós não temos; não somos capazes nem de fazer filhos sozinhos. O ermitão, por exemplo, não terá um abrigo seguro porque não tem nenhum exímio carpinteiro que faça pra ele, não terá conhecimento porque não há quem o ensine, não terá o prazer de repartir suas histórias por não ter quem as ouça e a sociedade deixaria de existir por falta de sexo se todo mundo vivesse nesse isolamento. Deus fez o ser humano para viver em dependência dEle e, depois disso, viver na dependência uns do outros.
Eu perco a conta de quantos aprendizados eu recebi do meu próximo e de quantas histórias vivi; e eu as guardo pra ilustrar os meus sermões. Lembro-me de como Deus mostrou sua providência sustentando alguns irmãos em momentos difíceis. Lembro-me também de muitas contribuições valiosas que recebi nas escolas dominicais. Quantas vezes fomos incentivados a exercitar a reflexão e olhar certos assuntos por outro ângulo por causa dos questionamentos dos irmãos. Não resisto em relatar a hospitalidade de tantos outros que me receberam em suas casas com deliciosos doces mineiros, sucos naturais e lanches caprichados.

Agradeço a Deus por este tempo que passo junto dos irmãos; é uma bênção pra mim e pra minha família. Que Deus igualmente os abençoe e os guarde.