Reconhecimento pela lealdade, fidelidade ou competência.
Reconhecimento pelo trabalho.
Reconhecimento pela beleza.
Reconhecimento pelo voluntariado.
Cada um deles requer uma recompensa diferenciada: honras aos fiéis; salário para quem trabalha, elogios para os belos, agradecimentos ao voluntário.
Ficaria muito estranho dar dinheiro ao voluntário; isso ofende quem doa-se espontaneamente. Igualmente estranho é pagar com elogios ao trabalhador; ele não comprará feijões com elogios no mercado.
Até aí tudo bem...
Nosso maior problema é enxergar os motivos de recompensa.
Hoje em dia, os sindicatos por exemplo (em sua esfera de atuação), tentam resolver esse problema mediando a relação entre empregado e empregador. Mesmo assim, sempre tem alguém achando que está sendo lesado. Os juízes também tentam resolver problemas dessa ordem. E há muitas outras pessoas ou entidades tentando avaliar motivos de recompensa.
O único que tem feito perfeitamente esse trabalho de reconhecimento é o próprio Deus.
A primeira coisa que ele deixa claro é que não merecemos absolutamente nada. Hã, como assim?!?!?!
Nosso pecado nos contamina de tal forma que não somos dignos nem do pão que comemos. Aliás, nem somos capazes de granjear nosso pão de cada dia. Por isso, ele nos ensinou a pedir o pão todos os dias orando: “o pão nosso de cada dia nos dai hoje”.
Apesar de não sermos merecedores, Deus na sua graça infinita, nos promete galardão pelos nossos esforços. Note que mesmo não merecendo, Ele promete nos recompensar pelo nosso esforço simplesmente.
Repare também que Deus não suborna ninguém. Ele não diz: - se você for bonzinho, vou te dar um galardão no fim da vida. Temos que obedecê-lo pela simples obrigação de fazê-lo, o resto é conseqüência.
É óbvio que o prazer tem um papel importante nisso tudo. Vocês devem estar lembrados que os justos têm “prazer na Lei do Senhor, e na sua Lei medita de dia e de noite”. Quanto mais prazer, mais facilmente executamos nossas obrigações.
Mas mesmo que não se tenha prazer, alguma recompensa acabamos por receber na proporção dos nossos esforços. O lavrador que não gosta de lavrar, sempre receberá algo da terra, mesmo que mirrado. Quem dá esmola e toca trombeta para ser glorificado pelos homens, já recebeu sua recompensa (Mt. 6:2). Desconfio que a falta de prazer na Lei de Deus é o diferencial da hipocrisia.
Nosso Mestre nos ensina como devemos agir. Devemos recompensar os esforços. Nós não deixamos de pagar o exímio marceneiro ímpio que fez a mesa da nossa igreja só porque ele é ímpio.
Será que não estamos nos esquecendo daquela senhora que rege o coral de nossas igrejas todos os domingos sem receber ao menos um obrigado?
E aquele senhorzinho que dá um destino para aqueles folhetos encostados nas nossas igrejas?
E aquele jovem que paga sozinho seu curso de música só pra igreja ter um instrumento que guie as vozes desafinadas da congregação?
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